Olha,
eu penso em você de vez em quando. E isso não é nenhuma confissão inimaginável.
Não dá pra dizer que os teus olhos pretos e brilhantes feito duas faíscas nunca
me fizeram querer voar para perto de você. Não dá para dizer que eu nunca quis
a tua barba na minha nuca sem parecer mentira. Na verdade, de vez em quando é
bondade minha. Eu penso quase sempre. No som da sua risada e no cheiro que a
sua pele deve ter depois que você se veste.
Até seus versos me deixam com o coração pequenininho e uma cara de boba que tenho vergonha de que alguém veja. Até sua risada ao telefone me desestabiliza. Você é sempre tão envolvente ou me inferniza desse jeito só por diversão?
Não me conta seus problemas. Não me diz que você está puto ou que sente saudades. Desculpe a franqueza, mas não me interessa. Não quero conhecer teus defeitos, teus segredos, tuas profundezas. Tua superfície me satisfaz tão bem. Porque você é essa mentira. Esse futuro do pretérito. Você é aquilo que nunca vai ser. Tem coisas que foram feitas para não ser, sabe?
Fica quietinho aí. Só sorri de vez em quando para mim e escreve umas coisas que me façam pensar em você e te querer por perto, que o querer é quase sempre mais gostoso que o conquistar. Me dá esse aperto no peito de presente, meu bem.
Quem sabe um dia a gente se cruze por aí e eu te dê um oi ou te convide para o cinema, e a gente saia por aí preenchendo essas nossas eternidades que duram cinco minutos.
Até seus versos me deixam com o coração pequenininho e uma cara de boba que tenho vergonha de que alguém veja. Até sua risada ao telefone me desestabiliza. Você é sempre tão envolvente ou me inferniza desse jeito só por diversão?
Não me conta seus problemas. Não me diz que você está puto ou que sente saudades. Desculpe a franqueza, mas não me interessa. Não quero conhecer teus defeitos, teus segredos, tuas profundezas. Tua superfície me satisfaz tão bem. Porque você é essa mentira. Esse futuro do pretérito. Você é aquilo que nunca vai ser. Tem coisas que foram feitas para não ser, sabe?
Fica quietinho aí. Só sorri de vez em quando para mim e escreve umas coisas que me façam pensar em você e te querer por perto, que o querer é quase sempre mais gostoso que o conquistar. Me dá esse aperto no peito de presente, meu bem.
Quem sabe um dia a gente se cruze por aí e eu te dê um oi ou te convide para o cinema, e a gente saia por aí preenchendo essas nossas eternidades que duram cinco minutos.