Check up anual feito. Tudo
certo! Saúde em dia! Mas como levar essa sensação gostosa de ‘cuidar-se com carinho’
para todos os outros dias do ano? Para manter a saúde, prevenção e check ups
ajudam, mas mudar alguns hábitos simples que comprometem seu organismo ao longo
do tempo também é fundamental.
O especialista em medicina
de família Rodrigo Lima, recomenda: ‘Cuide primeiro do básico. Ou seja,
alimente-se de forma equilibrada, evite o sedentarismo e o tabagismo, durma
bem, não beba álcool em excesso e distraia a mente’.
Além desses bons conselhos, anote
aí alguns ‘errinhos’ que a gente comete na correria do cotidiano e prepare-se
para chegar no próximo check up esbanjando saúde.
Negligenciar os dentes
A saúde dentária tem íntima
relação com a saúde geral do indivíduo. ‘Dentes mal conservados ocasionam
diversos males, como o aumento no risco de doença cardíaca. Outro problema é a
perda de peso. Com uma dor de dente ou com uma gengiva inflamada, a pessoa não
vai se alimentar direito e perderá peso e nutrientes’, avisa a médica Ana
Beatriz Galhardi Di Tommaso, geriatra do Hospital Israelita Albert Einstein. Um
detalhe importante é em relação ao uso da dentadura. É errado dormir com a
prótese dentária ou colocá-la num copo de água. ‘A boca precisa ventilar e a
dentadura deve permanecer sequinha, guardada num recipiente durante à noite.
Não lavar com pasta de dente e, sim, com o produto específico para limpeza ou
sabão neutro’, indica a médica.
Tomar vitamina sem
orientação médica
Não há qualquer evidência de
que as vitaminas realmente são eficazes para manter a saúde, pois, em geral,
elas não são absorvidas pelo organismo. Como são caras, você vai estar jogando
o seu dinheiro literalmente descarga abaixo. Existem, inclusive, estudos
sugerindo que pode haver prejuízo à saúde, como sangramentos e distúrbios neurológicos.
Segundo a médica do Einstein, as vitaminas só devem ser tomadas com orientação
médica. Normalmente, só é indicado o uso de ferro, ácido fólico e B12 em casos
de anemia. O ideal é buscar as vitaminas essenciais numa alimentação
equilibrada.
Abolir o exercício em caso
de dor ou queda
Apareceu aquela dorzinha e
você já usa como desculpa para não fazer a caminhada? ‘Quanto menos atividade
física, maior o risco de dor ou queda. E existem estudos que mostram: quanto
mais a pessoa tem medo de queda, maior é o risco dela cair. O medo já é um
sinal de fraqueza, quer dizer que a pessoa já passou por dificuldade em algum
momento’, explica a médica Ana Beatriz. O ideal é praticar cinco atividades
aeróbicas por semana durante 30 minutos ou algum exercício 3 x por semana
durante 50 minutos. Ah, e não deixar a musculação de fora!
Adotar a dieta da moda
Se você optou pela dieta da
moda e perdeu 3 quilos em uma semana, cuidado! Na faixa etária acima dos 50
anos, os quilos a mais vão embora e levam junto os músculos. ‘E o pior, é muito
difícil repor depois. Sem músculo, a pessoa perde o equilíbrio e a força. A
perda segura de peso costuma ser lenta e deve ser feita somente com orientação
médica’, diz a geriatra do Einstein. Outro erro é ficar com preguiça de cozinhar
e ingerir muito carboidrato. A proteína faz parte de uma alimentação
equilibrada e ajuda, inclusive, a ganhar músculo.
‘Medicalizar’ demais a vida
É claro que devemos cuidar
da saúde e algumas doenças exigem visitas regulares ao médico. ‘Mas, acreditem,
não é preciso bater em algum consultório a cada três meses para manter a saúde
em dia. Converse com seu médico de confiança sobre a periodicidade das
visitas’, aconselha o médico Rodrigo Lima, especializado em medicina de família
— especialidade que visa cuidar da família no contexto da atenção primária à
saúde. Outro detalhe são os exames. As pessoas passam dois meses, em
laboratórios e acham que estão cuidando da saúde, mas se esquecem de cuidar do
básico: alimentação saudável, prática de exercícios físicos e socialização.
Desistir da vida sexual
O sexo é uma experiência
libertadora e prazerosa. Apesar disso, no entanto, muita gente nessa faixa
etária acaba deixando a vida sexual de lado. Algumas mulheres sentem alguma
dificuldade na relação sexual por conta da queda no nível de estrógeno, que
acaba ressecando a vagina. Esse inconveniente pode ser resolvido com óvulos
vaginais ou lubrificantes. Converse abertamente com o seu médico sobre o
assunto.
Dormir mal
Noite mal dormida não é um
mero detalhe. A falta de sono reparador pode levar ao aumento da pressão
arterial, do risco de enfarte e derrame, além de alterações metabólicas como a
diabete. É verdade que nessa faixa etária, a pessoa necessita de menos horas de
sono para se sentir bem. No entanto, se você acorda já cansado, é preciso
investigar o motivo.
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